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O ?X? DA QUESTÃO
O ?X? DA QUESTÃO * Adilson Luiz Volta e meia, eu ouço discussões sobre quem exerce o papel mais importante em relação à perpetuação da espécie humana. Afinal, é o homem ou a mulher? ?O homem define o sexo!?... ?Mas é a mulher que concebe e gesta!?. ?Os espermatozóides masculinos são mais rápidos!? ...?Mas, os femininos são mais resistentes!?. ?O homem tem o 'desbravador': o falo!? ... ?Que, de vez em quando, não 'diz' nada...?. ?As mulheres ainda esperam o príncipe encantado!?... ?Só estou vendo o cavalo...?. Francamente, não há muita lógica em definir quotas num relacionamento que, por princípio, subverte a matemática! Afinal, nesse caso, um mais um é igual a três, no mínimo. Mas, como todo o brasileiro entende de futebol e sexo, gostaria de expressar a minha opinião sobre o tema: Inicialmente, a relação entre eles é, por princípio, sexual! Mas, para quem insiste em definir a posição exata de um e outro, posso afirmar que ela é absolutamente relativa. Afinal, ora se está por cima, ora por baixo, ora ao lado. Aliás, é possível visualizar a relação por qualquer ângulo ou perspectiva. Não concluí nada? Bem, para os que insistem dimensionar diferenças, podemos prosseguir a análise, lembrando que tudo depende da anatomia das partes envolvidas: O tamanho da participação do homem pode ser maior ou menor. No caso da inseminação artificial, ela não passa de uma finíssima agulha de seringa. Mas, de um jeito ou de outro, é inegável que o homem entra com alguma coisa. Mas se o homem investe, é a mulher quem cuida da evolução do investimento. Alguns minutos de prazer, contra nove meses de um prodígio, que prossegue por toda a vida! Ambigüidades à parte, a geração de um filho é um ato tão divino, e envolve tanta responsabilidade e compromisso, que não pode ? e não deve ? ser assumida sem doses maciças de carinho, amor e paixão, antes, durante e depois! Não importa a quota orgânica ou genética que caiba a cada um no processo de geração. O que realmente vale é o como cuidaremos e educaremos esse novo ser vivo. Quando partilhamos com uma segunda vida a possibilidade de gerar uma terceira, temos que estar prontos para assumir iguais quotas de comprometimento! Não há dúvida de que o enjôo e a dor são femininos, mas é imprescindível compartilhar cada momento. O homem também precisa estar ?grávido? e ambos precisarão aprender a ser pais e mães, conforme o momento. Fazer filho? Qualquer um, biologicamente apto, faz! Mas assumir a paternidade e a maternidade, natural ou adotiva, isso, infelizmente, ainda é para poucos. * Adilson Luiz Gonçalves é mestre em educação, escritor e professor universitário. ...


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